sábado, 3 de janeiro de 2009

CRISE FINANCEIRA MUNDIAL.

CRISE FINANCEIRA MUNDIAL - OCORRÊNCIAS A PARTIR DE 11/09/2008 - CONSIDERAÇÕES. (Texto preparado em 25/09/2008)
Como economista e docente, venho acompanhando as crises econômicas e financeiras mundiais. Na semana anterior ao dia 15/09/2008, vinha comentando com os meus alunos da possibilidade da quebradeira financeira. Na quinta - 11/09/2008 (parece incrível, mas é o aniversário dos atentados nos Estados Unidos), verifiquei fortes indícios de que o banco americano Lehman Brothers poderia ser comprado ou entraria em processo de concordata ou falência. E então, aconteceu o pior!
Enquanto isso, nossas autoridades aqui - Ministro da Fazenda - disse, na segunda-feira 15/09/2008 (está publicado em todos os jornais), que "em outras ocasiões, o Brasil estaria de quatro mediante essa situação de insolvência financeira e falta de dólares..." (sic). Poucos segundos depois, talvez preocupado com a comparação da fala inesquecível da ministra, refez a frase, dizendo "em épocas anteriores, o Brasil estaria de joelhos em face dessa falta de dólares..." (sic). Ficou bem melhor!
Mas, O presidente da república, o presidente do Banco Central e o Ministro, insistem em dizer que nós não temos nada com isso com essa crise. O problema é "deles". Esses senhores estão equivocados: a redução dos volumes negociados na bolsa e a retirada de bilhões de reais das aplicações, mostram o desencaixe financeiro e a necessidade de compensação de papéis com vencimentos para esses dias. Muitas empresas brasileiras já quebraram! Outro aspecto que eles estão desinformados refere-se ao posicionamento das empresas brasileiras: não se faz mais nada até termos uma visão mais detalhada dessa crise. Contratações, encomendas e novos projetos estão descartados. Os americanos calculam o prejuízo em 700 bilhões de dólares. Em aula, ontem à noite (24/09/2008), demonstrei para os meus alunos, que o prejuízo poderá alcançar 1,5 trilhão de dólares - ou mais, isto é, uma vez e meia o PIB brasileiro estimado para o ano de 2008. Considerando-se que as coisas aconteçam normalmente, segundo a história econômica, o mundo levará uns dois anos para absorver esse impacto. Como é que nós não temos nada a ver com isso? Na mídia, ninguém oferece algo prático em relação ao nosso posicionamento como pessoa. O que temos que fazer agora? Bem, eu tenho três sugestões que podem contribuir para enfrentarmos a crise. A primeira é não aceitar - em hipótese alguma - a elevação de preços de qualquer produto ou serviço. Mediante essa situação, argumentar com o fornecedor, mostrando que não houve aumento do salário (da renda) e que se o preço não for mantido, compraremos de ouro fornecedor. Recomendo argumentar que o caso será relatado ao Procon e demais órgãos de apoio ao consumidor. Segundo: Não comprar mais nada! Adquirir apenas o essencial, para aquele dia ou preferencialmente, para aquela parte do dia. Vai comprar arroz? Adquira apenas um quilo. Você não vai utilizar o pacote de 5 quilos de uma vez. Terceiro: Substituir tudo o que for possível por algo de menor custo. Você corta o cabelo no salão do Joca´s porque têm ar condicionado, revistinhas novas, etc. e paga R$ 30,00. Então vá ao barbeiro que trabalha como multifuncional, perto da casa do Manoel Henrique Salgado - super amigo - e peça para ele cortar o seu cabelo ao preço de tabela, que é de R$ 5,00. Talvez você não tenha a satisfação econômica e humana de 100,0%. Mas, você economiza R$ 25,00 que vai para a poupança, que é a única aplicação garantida pelo governo federal. No caso de alimentos, se você tem 100,0% de satisfação ao preparar um prato de massa Barilla - corte fettucine, ao custo de R$ 5,96; prefira um "marca própria", por R$ 1,45, que lhe dará o prazer de 80,0%. Mas, não tem importância: você sabe que esse sacrifício é apenas por um período, temporário, até passar a crise. Se todos nós agirmos assim, nossas dificuldades serão resolvidas em menor espaço de tempo. Vocês assistiram ou ouviram alguém na mídia, orientando sobre esses procedimentos?
Então, da mesma forma que vocês se preocuparam em explicar a crise de maneira prática, apresento as sugestões de conduta, também sob o ponto de vista didático. A economia ficará "desinflada" e o prejuízo total será dividido entre todos os habitantes da terra. Os especuladores iniciais é que ganharam, aliás, é esse o princípio das famosas "correntes"...
Durante os meses de outubro, novembro e dezembro de 2008, concedi inúmeras entrevistas junto à mídia, chamando a atenção dos ouvintes exatamente para esse ponto - temos que agir com muito cuidado, garantindo nossa subsistência para o futuro, que neste momento ainda é muito incerto. Empresas anunciam demissões em todo o mundo e cortes nos investimentos. Essas ações significam desemprego e consequentemente, redução da renda.
O mais lamentável é a demonstração de desprendimento das nossas principais autoridades monetárias (citadas), procurando demonstrar que está tudo bem e que o nosso comportamento deve ser normal, incluindo discursos do Presidente da República, estimulando os brasileiros ao consumo.
Com nova avaliação dos números publicados no final do ano de 2008, passei a rever minha posição. O volume de recursos necessários para controlar a crise ultrapassa a cifra de 3 bilhões de dólares e o prazo para que a economia se ajuste certamente será prolongado para uns três anos.
Na economia não há milagrosos, “achômetros” e magos: o que temos são números, que devem ser simplesmente analisados. De 11/09/2008 - (aniversário) até hoje, muitas ocorrências negativas foram registradas na economia nacional e mundial.
Recomendo que os efeitos da crise sejam enfrentados com profissionalismo e responsabilidade.
Revisão do texto em 03/01/2009.

Mesa com carneiro à minha moda e guarnições.




CARNEIRO À MINHA MODA
(A colônia árabe e os nossos amigos enlouqueceram com essa receita).

Ingredientes e quantidades aproximadas.

Uma peça de carneiro – paleta ou pernil (pode ser o carrê ou costela também);
Uma garrafa de vinho branco seco de boa qualidade;
Duas cabeças de alho – dos grandes e de primeira;
Um maço de hortelã;
Um punhado de zatar (tempero árabe).
Sal a gosto.

Modo de fazer.

Desmonte as cabeças de alho, deixando-as nos dentes. Retire a pele.
Prepare o liquidificador e coloque meia garrafa de vinho e todos os temperos, exceto o zatar. Triture bem, até obter uma solução homogênea. Após segundos você terá essa maravilha de tempero. Desligue o liquidificador e após o motor parar, adicione o zatar e mexa levemente com uma colher.
Em seguida, com o uso de um injetor de temperos, injete toda a quantidade de temperos na peça de carneiro.
No final, esfregue um pouco desse tempero e complemente com um pouco de zatar, formando uma espécie de “filme” em toda a peça de carneiro.
Coloque a peça de carneiro em uma forma e adicione o restante do vinho. Cubra com papel alumínio e submeta ao forno quente, de acordo com a temperatura que você já está acostumado.
Após algum tempo, teste a carne, com um garfo. Quando estiver no ponto, retire o papel alumínio e submeta à ação da “grelha” se houver no seu forno ou um pouco mais de tempo para a carne “chegar”.
Recomendo servir com o arroz murdádara e um tabule de excelente qualidade.
Bem, o vinho fica por sua escolha. Eu tomaria um “Chandon rose passion” para abrir o apetite e serviria um “Porca de Murça” (10 anos), para combinar com a textura do carneiro.
Bom apetite.





ARROZ MURDÁDARA
Arroz com lentilhas - Receita para uma medida.

Ingredientes:
Para o arroz com lentilhas: Murdádara
Água,
Azeite extra-virgem,
250 gramas de arroz,
250 gramas de lentilhas secas,
1 cebola grande bem picada,
1cabeça de alho bem picado,
Ba-har (tempero árabe) ou canela em pó, a gosto,
Sal a gosto.

Para a fritada de cebolas:
Azeite extra-virgem,
2 quilos de cebolas cortadas em arruelas, com
aproximadamente 4 milímetros;
Sal a gosto.

Modo de fazer:
Arroz com lentilhas - Murdádara

a) Coloque as lentilhas em água, para hidratar, pelo menos
por duas horas;
b) Coloque as lentilhas para cozinhar, até o ponto de ficar “al-dente”, mas um pouco duro. (É que o ponto deverá chegar quando for
adicionado o arroz).
c) Enquanto a lentilha está na cocção, em outra vasilha que puder conter todo o volume, refogue a cebola e o alho no azeite;
d) Quando a lentilha estiver no ponto mencionado, junte-a ao refogado (da outra vasilha), adicionando também o arroz, aproveitando a água do cozimento da lentilha. Se não for suficiente complete com água filtrada.
e) Coloque sal à gosto. Cuidado com o sal. Deguste a água de cocção;
f) Adicione uma colher de café (rasa) de Ba-har – ou canela em pó.
g) Vigie de forma permanente a cocção do arroz com as lentilhas, com o mesmo procedimento que se faz para um arroz comum – com a redução do fogo após a fervura e acompanhando o volume de água necessário até o cozimento final.


Modo de fazer:
Para a fritada de cebolas:

a) Coloque toda a cebola cortada em uma frigideira grande e inicie a fritura com o azeite extra-virgem. Ao iniciar, aplique fogo alto, depois, ao perceber que o volume das cebolas reduziu pela metade, reduza o fogo e continue a mexer lentamente durante toda a fritura. O ponto se dá quando a cebola estiver bem marrom, imediatamente antes da fase de “queimadas”.
b) Cuidado para não chegar a ponto de “queimadas”, pois ao partir daí, o paladar fica amargo e desagradável.
c) Quando estiver no ponto, desligue o fogo e aplique o sal a gosto.

Dicas:
a) O arroz e as lentilhas devem ser lavados antes de serem aplicados;
b) Caso você tenha dificuldade em medir ou pesar o arroz, é simples. Compre a lentilha em pacote de 250 gramas. Assim que esvaziar a embalagem de lentilhas, preencha-a com o arroz. Talvez o peso não coincida – 250 gramas para cada produto, mas, o volume será o mesmo. E isso é que interessa.
c) Para servir, retire o murdádara da panela e coloque-o em uma travessa bonita. Se desejar e as pessoas convidadas gostarem, pulverize salsa picada sobre o mesmo;
d) Sirva a cebola em outra vasilha, com o mesmo motivo ou característica. Não se assuste com o volume da cebola. Em geral, representará apenas 10% (dez por cento) do volume inicial. Daí, a necessidade de avaliar quanto de cebola você vai preparar: vai depender da paixão que as pessoas têm por cebola. Dependendo dessa consulta, você poderá fazer 4 quilos de cebolas ou mais.
e) Você deverá adicionar sal à cebola apenas no final. É que o volume poderá induzi-lo a colocar sal em demasia. Com a redução do volume, o sal poderá ficar exagerado.
f) O Ba-har é um tempero árabe em pó, cujo aroma lembra cravo e canela. Alguns restaurantes substituem o Ba-har por canela em pó.
g) Para tornar esse serviço inesquecível, basta servi-lo com carneiro e na entrada um tabule bem feito.

Bom apetite!



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Saudações.

Bom dia,
É com satisfação que inauguro esse espaço para discutir o mundo sob meu prisma. É um espaço aberto aos amigos. Vou contar histórias e dramas, os famosos contos da família Carneiro, dos Ulbanere, trocar receitas culinárias e, também, comentar as loucuras dos incomeptentes dos governos pelo mundo.
Há três Ulbanere no mundo: eu, o Xande e o Jeff. Sabe por que? Porque nosso nome foi inventado. Quando meu avô chegou da Espanha (?), foi trabalhar na Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF). Em Marília, onde nasceu meu pai, José Ulbanere - "Ulbanere" - inventado, o cartorário não entendeu o sobrenome original, espanhol - "Urvaneja" (?) - e, então, criou esse novo sobrenome, inédito na humanidade. Só nós 5, agora com a chegada das DUAS (alebardetapas).
Histórias e causos do ensino e dos encontros culinários, há mais de mil. Tentarei contá-las.
Abraço.